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Paul Janet iniciou sua carreira como professor de filosofia da Faculdade de Strasburgo, em 1848, aos 25 anos de idade. A partir de 1863 ensina na Faculdade de Letras de Paris.

Janet cuidaria sobretudo de eliminar a possibilidade de aproximação entre ecletismo e misticismo, restaurando a grandiosidade do método histórico descoberto por Cousin, e que ficara obscurecida no período subseqüente à queda de Luiz Felipe (1848). Afirma taxativamente que a filosofia não repousa em nenhuma intuição do absoluto, mas consiste num saber do absoluto que é completamente humano e cujo progresso depende do desenvolvimento das ciências positivas. O procedimento posto em circulação por Cousin não consiste numa seleção mecânica do que há de comum em todas as doutrinas, mas na aplicação à filosofia de método dotado de plena objetividade. Por essa razão, sua obra é sobretudo a retomada do papel de Cousin como historiador, fazendo-o na consideração dos grandes temas filosóficos. Publicou livros sobre as causas finais; a dialética etc., dedicando ao mestre um desses textos (Victor Cousin e sua Obra, 1885). No fim da vida voltar-se-ia para o tema da introspeção em Psicologia e Metafísica(1897). Tinha 76 anos ao falecer em 1899.
A aplicação do método histórico à moralidade teria lugar no livro A Moral, publicado na França em 1874. (Ver também BIRAN, Maine de e COUSIN, Victor).