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Nasceu em 1906, em Koenigsberg, então integrada à Alemanha unificada, numa próspera família judia. Matriculou-se na Universidade de Marburgo em 1924, aos 18 anos.

Pretendia estudar teologia, mas direcionou-se para a filosofia graças ao encontro com Martim Heidegger (1889/1976), com quem teve um caso amoroso. Estudou ainda com dois outros filósofos de nomeada – Edmund Husserl e Karl Jaspers – sendo que elaborou a sua tese sobre a orientação do último, tendo por tema o conceito de amor em Santo Agostinho. Perseguida pelos nazistas, fugiu da Alemanha em 1933 tendo vivido em Paris e depois passado aos Estados Unidos. Radicou-se nesse país e adotou a cidadania norte-americana.

Em 1951, publicou As origens do totalitarismo, baseado numa ampla pesquisa em que aproxima os métodos nazista e comunista de dominação. A obra causou um grande impacto, tornando-se a partir de então ponto de referência obrigatório em seu estudo.

Inteiramente dedicada ao estudo da política, Arendt publicou diversos livros que vieram a consagrá-la entre os mais importantes pensadores da segunda metade do século XX.

Podem ser mencionados: A condição humana; Sobre a Revolução e Entre o passado e o futuro. A propósito dos crimes cometidos pelos nazistas publicou Eichmann em Jerusalém. Estudo sobre a banalidade do mal (1964)1.

No fim da vida, Hanah Arendt voltou a interessar-se pela filosofia, deixando inconclusos dois textos, o primeiro dedicado á “ vida da mente” e, o segundo, à Justiça. Faleceu em 1975, aos 69 anos de idade (Ver também (O) Sistema totalitário, de Hanah Arendt).

1 Adolf Eichmann (1906/1902), responsável pelo extermínio em massa de judeus durante o nazisamo e considerado criminoso de guerra, foi preso pelas tropas americanas de ocupação da Alemanha mas conseguiu fugir. O serviço secreto israelense o localizou na Argentina (1960), prendendendo-o e levando-o parta Israel, onde foi condenado á morte e executado.