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Dicionário das Obras
Básicas da
Cultura Ocidental
Antonio Paim
Índice: a - b - c - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - o - p - q - r - s - t - u - v - x - w - z
JANET, Paul
Paul Janet iniciou sua carreira como professor de filosofia da Faculdade de
Strasburgo, em 1848, aos 25 anos de idade. A partir de 1863 ensina na Faculdade
de Letras de Paris.
Janet cuidaria sobretudo de eliminar a possibilidade de aproximação
entre ecletismo e misticismo, restaurando a grandiosidade do método
histórico descoberto por Cousin, e que ficara obscurecida no período
subseqüente à queda de Luiz Felipe (1848). Afirma taxativamente
que a filosofia não repousa em nenhuma intuição do absoluto,
mas consiste num saber do absoluto que é completamente humano e cujo
progresso depende do desenvolvimento das ciências positivas. O procedimento
posto em circulação por Cousin não consiste numa seleção
mecânica do que há de comum em todas as doutrinas, mas na aplicação à filosofia
de método dotado de plena objetividade. Por essa razão, sua obra é sobretudo
a retomada do papel de Cousin como historiador, fazendo-o na consideração
dos grandes temas filosóficos. Publicou livros sobre as causas finais;
a dialética etc., dedicando ao mestre um desses textos (Victor Cousin
e sua Obra, 1885). No fim da vida voltar-se-ia para o tema da introspeção
em Psicologia e Metafísica (1897). Tinha 76 anos ao falecer
em 1899.
A aplicação do método histórico à moralidade
teria lugar no livro A Moral, publicado na França em 1874.
(Ver também BIRAN, Maine de e COUSIN, Victor).
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