HEGEL
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
nasceu em Stutgart, em 1770.
Estudou teologia em Tubing
e trabalhou como preceptor
privado, entre 1794 e 1800,
em Berna e Frankfurt. Em 1801
ingressou na Universidade de
Iena, na condição
de livre docente. Entre 1809
e 1916 foi reitor do Ginásio
de Nuremberg, tornando-se,
sucessivamente, professor das
Universidades de Heidelberg
e Berlim. Na década
de vinte ascende à condição
de filósofo oficial
da Prússia e dos principados
alemães que se encontravam
sob a sua liderança.
Faleceu em 1831, aos 61 anos
de idade.
Considera-se que se tenha disposto
a empreender caminho autônomo
já próximo de completar
40 anos. Até então
fazia parte do grupo de autores
românticos, entre os quais
também se encontrava Friedrich
Schelling (1775-1854), que havia
imaginado um sistema filosófico
seguindo a Fichte, que é dos
primeiros filósofos alemães
que se propõe construir
um novo sistema, a partir de
Kant. Tendo sobrevivido a Hegel,
Schelling tornou-se também
uma espécie de filósofo
oficial, nos anos quarenta, chamado
pela Corte para se contrapor
ao encaminhamento político
que os discípulos de Hegel
estavam dando aos seus ensinamentos,
tornando-se, por essa razão,
uma das figuras destacadas do
idealismo alemão. No curso
de sua vida, Schelling esteve
afastado das atividades docentes
entre 1806 e 1820, tendo se ocupado
de elaborar sucessivos sistemas
filosóficos, nenhum dos
quais bem sucedido.
Hegel publicou a Fenomenologia
do Espírito em 1807,
aos 37 anos. Trata-se de uma
tentativa de reconstrução
da gênese e do desenvolvimento
da consciência (ou da cultura)
ocidental, privilegiando nesta
ao saber filosófico mas
a este não se limitando.
Ao conclui-la, dá-se conta
de que esse caminho pode tornar-se
ainda mais abstrato e, no Prefácio,
prepara o caminho para a obra
subseqüente, a Ciência
da Lógica.
Hegel escreve a Ciência
da Lógica entre 1812 à 1816.
Consiste numa reordenação
das categorias kantianas, enriquecidas
por suas próprias descobertas
e culminando com a idéia
absoluta.
Em 1817, publica a Enciclopédia
das Ciências Filosóficas,
que é uma espécie
de compêndio do seu sistema.
Está dividida em Lógica,
Filosofia da Natureza e Filosofia
do Espírito. A lógica
corresponde a um resumo esquemático
da obra anterior. A Filosofia
da Natureza, a uma aplicação
arbitrária de sua terminologia à ciência
natural, apenas para atender às
imposições da intenção
sistemática. Na Filosofia
do Espírito refaz
o esquema precedente da Fenomenologia e
nela atribui um grande espaço à sociedade
e ao Estado.
No período subseqüente,
chamado de Berlim (1818-1830),
ainda desenvolve enorme atividade,
publicando Filosofia da História,
Estética e Filosofia
do Direito. Os seus cursos
de História da Filosofia
foram igualmente sistematizados.
(Ver também KANT; Fenomenologia
do Espírito, Ciência
da Lógica e Filosofia
do Direito, obras do autor;
e (A) Ideologia Alemã,
de MARX).
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