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Dicionário das Obras
Básicas da
Cultura Ocidental
Antonio Paim
Índice: a - b - c - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - o - p - q - r - s - t - u - v - x - w - z
GOMBRICH, Ernst
Ernst Hans Gombrich nasceu em Viena em 1909 numa família judia, convertida
ao protestantismo na virada do século. Estudou numa das escolas secundárias
mais conceituadas da capital austríaca (Theresianum) e concluiu a Universidade
de Viena. O ambiente familiar explica muito de suas preferências acadêmicas.
Sua mãe era uma pianista conhecida. A mulher com quem se casou em 1936
(Ilse) também era pianista; a irmã tornou-se uma violonista famosa.
O próprio Gombrich era considerado um bom músico (tocava violino).
Em face da ascensão do nazismo, emigrou para a Inglaterra em 1936. Ainda
que haja conseguido um lugar de assistente de pesquisa no Instituto Warburg – que
havia recém escapado de Hamburgo, com a maior parte de sua esplêndida
biblioteca –, enfrentou muitas dificuldades porquanto tinha que cuidar
de sua família numerosa, cujos membros haviam com ele fugido da Áustria.
Durante a guerra prestou serviços à BBC. Retornou às suas
funções no Instituto Warburg em 1946 tendo chegado a diretor dessa
prestigiosa instituição.
Na década de cinqüenta ingressou no Corpo Docente da Universidade
de Londres, onde ensinou história da arte. Desde então ocupou cátedras
nas Universidades de Oxford, Cambridge, Harvard, Cornell e no Royal College of
Art. Recebeu altas condecorações do governo inglês, merecendo
ainda o título de Sir.
Autor de expressiva bibliografia, Gombrich buscou caracterizar a atividade artística
como empreendimento essencialmente racional. A seu ver, os artistas usam o método
de tentativa e erro; aprendem uns com os outros. Entendia ser empobrecedora de
seu verdadeiro significado o propósito de explicar a evolução
da arte como decorrente de alterações no espírito da época
ou das pessoas. No caso específico da pintura, tais explicações
ignoram o interesse estético das propriedades visuais que lhe são
inerentes e constitutivas.
O livro em que propõe uma teoria estética de base psicológica
intitulou-se Art and Ilusion. Apareceu em 1960 mas toma por base as
conferências que proferiu na capital americana em 1956. Cuida de identificar
os fatores que permitiram, por exemplo, expressar pessoas em movimento, dando-lhe
projeção tridimensional, numa superfície plana e imóvel.
Atribuía grande papel educacional às artes. Escreveu uma história
do mundo para crianças. Seus principais ensaios – inclusive aquele
em que se posiciona perante a arte abstrata – figuram na coletânea
traduzida ao português com o título de Meditações
sobre um cavalinho de pau (1963).
Faleceu aos 92 anos, em 2001. História da Arte (1950) responde
pelo sucesso editorial por ele alcançado, do mesmo modo que pela merecida
notoriedade. (Ver também História da Arte, de Ernst Gombrich).
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