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Dicionário das Obras
Básicas da
Cultura Ocidental
Antonio Paim
Índice: a - b - c - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - o - p - q - r - s - t - u - v - x - w - z
MARITAIN, Jacques
Francês de nascimento
(1882), Jacques Maritain chocou-se
com o ambiente cientificista
predominante da Universidade
(Sorbonne) no começo do
século XIX e passou a
simpatizar com o pensamento filosófico
de Bergson, na medida em que
este procurava inserir o espírito
no âmago das teorias científicas,
retirando-lhes o caráter
puramente mecanicista. Na Universidade
teve uma colega de origem russa
(Raissa), com a qual casou-se
em 1904. Dois anos depois ambos
se converteram ao catolicismo.
Maritain então rompe com
o bergsonismo. Iniciou carreira
como professor de filosofia no
ensino secundário e no
Instituto Católico.
Nas décadas de vinte e
trinta tornar-se-ia um dos principais
filósofos católicos,
então empenhados em promover
o renascimento tomista. Durante
a guerra, Maritain ensinou em
universidades americanas. Com
o término da conflagração,
seria nomeado Embaixador da França
no Vaticano (de 1945 a 1948).
Em seguida, voltou à Universidade
de Princenton (Estados Unidos),
na qual permaneceu até 1960.
Em 1963, obteve o Grande Prêmio
Nacional de Letras da França.
Maritain publicou mais de 50
livros. Reordenou a filosofia
tomista, criando espaço
para a ciência, tema que
ocupa um lugar central em sua
obra, considerado em Distinguir
para unir. Os graus
do saber (1932), Ciência
e saber (19035) e Os
graus do conhecimento (1937).
Suas exposições
do tomismo alcançaram
grande sucesso (São
Tomás, 1921; Elementos
de filosofia (1923); Prioridade
do espírito (1927); O
Doutor Angélico
(1929); Filosofia da natureza e Filosofia
moral, estes últimos
aparecidos em 1960. Ocupou-se
também da política,
para defender o entendimento
de que o catolicismo seria fiel à democracia
(Cristianismo e democracia,
1948; Reflexão sobre
a América, 1948 e O
homem e o Estado (1951.
Faleceu em1973, aos 91 anos de
idade (Ver também (A)
Filosofia Moral, de Jacques
Maritain).
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