include '../include/topo.php' ?>
include '../include/menuSuperior.php' ?>
include '../include/menu.php'?>
|
|
Dicionário das Obras
Básicas da
Cultura Ocidental
Antonio Paim
Índice: a - b - c - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - o - p - q - r - s - t - u - v - x - w - z
FREUD, Sigmund
Sigmund Freud (nasceu em Freiberg
(Morávia) em 1856 e
sua família mudou-se
para Viena quando tinha apenas
quatro anos. Assim, foi em
Viena que realizou seus estudos
e elaborou toda a sua obra.
Viveu na Áustria até 1938,
quando teve que emigrar para
a Inglaterra, fugindo do nazismo.
Tinha então 82 anos
de idade e faleceria em Londres,
no ano seguinte.
Após concluir o curso
de medicina estagiou em Paris
com o famoso neurologista Jean
Martin Charcot (1825-1893). Nessa época
estava interessado no estudo
da histeria e nos resultados
da aplicação da
hipnose nos portadores daquela
enfermidade. Embora os estudiosos
entendam que essa fase teria
a ver com o sentido que posteriormente
assumiu sua investigação,
a doutrina que criou e que passaria
a ser conhecida como psicanálise constitui
uma novidade radical. Seria a
primeira vez que a ciência
passa a interessar-se pela dimensão
inconsciente do homem, de que
se sabia muito pouca coisa desde
que era considerado “animal
racional” e suas paixões
eram entendidas como passíveis
de serem “educadas”.
Freud iria não apenas
criar um método com vistas
a ter acesso àquela dimensão
inconsciente como estabeleceu
que o apetite sexual seria decisivo
na sua constituição.
O inconsciente foi por ele entendido
como um conjunto de desejos reprimidos,
estabelecendo ainda uma relação
entre a intensidade daquela repressão
e a formação da
personalidade neurótica.
Esta decorreria do desajustamento
entre as vidas consciente e inconsciente.
A terapia psicanalítica
pretende corrigir tal desajustamento.
Freud também promoveu
a criação de uma
nova psicologia. Embora para
caracterizá-la haja adotado
certas divisões da personalidade
que a própria experiência
psicanalítica não
confirmou, considera-se que dá conta
da estrutura psicológica
da pessoa humana de forma mais
adequada que as propostas precedentes.
Designou como superego à introjeção
da moralidade, facilitando ou
dificultando as relações
entre as pessoas.
Suas obras mais importantes seriam: A
interpretação dos
sonhos (1900), onde procura
mostrar que os sonhos podem facultar
acesso ao inconsciente; Ensaios
sobre a teoria da sexualidade (1905),
onde apresenta os aspectos da
sua doutrina que se tornaram
mais populares, como por exemplo
o chamado “complexo de Édipo”;
e Totem e tabu (1912),
que é uma espécie
de alegoria quanto ao papel da
proibição do incesto
na introdução da
moral como base das relações
sociais e na família.
Suas tentativas de aplicação
dessa doutrina à sociedade
são posteriores à Primeira
Guerra Mundial e – consideram
os seus estudiosos – uma
conseqüência desta última,
cuja mortandade o teria impressionado
vivamente. Entre as obras em
que efetiva essa aplicação
destaca-se O mal estar na
civilização (1930).
A doutrina psicanalítica
provocou desde logo várias
derivações, entre
estas a de Carl Jung (1875-1961),
que postulou a existência
de “inconsciente coletivo”.
Devido à circunstância
a versão freudiana se
considera como a ortodoxa. (Ver
também Mal estar da
civilização,
de FREUD).
Voltar
|
|
|
include '../include/rodape.php' ?>