O Instituto de Humanidades
foi criado em 1986. A
iniciativa teve como
origem o trabalho desenvolvido
pelo Decanato de Extensão
da Universidade de Brasília
(UnB), sob a direção
de Carlos Henrique Cardim.
O objetivo central daquela
atividade consistia
em despertar, nos círculos
acadêmicos, o interesse
pela cultura geral --sucessivamente
abandonada pelo nosso
sistema de ensino--,
através sobretudo
da revista Humanidades e
do patrocínio
de conferências
das principais personalidades
da cultura de nosso tempo.
Havia sido igualmente
iniciado, em caráter
pioneiro, modalidade
de ensino à distância. Em
que pese o seu significado,
foi simplesmente interrompido
em 1985.
Tendo colaborado naquela
iniciativa, compreendendo
a enormidade a que correspondia
o seu abandono, Antonio
Paim e Ricardo Vélez
Rodriguez dispunham-se
a preservar e desenvolver
os ensinamentos daí provenientes,
em especial o adequado
aproveitamento da experiência
da Open University inglesa
e do Saint John´s
College, norte-americano.
As duas instituições
haviam selecionado, de
maneira que poderia ser
denominada de definitiva,
as obras básicas
da cultura ocidental,
bem como a maneira de
difundir esse conhecimento,
em cursos acadêmicos
presenciais e à distância.
Coube a Leonardo Prota,
com a sua preciosa bagagem
de educador, proporcionar
o encaminhamento prático
daquela aspiração.
Daí nasceu o Instituto
de Humanidades, localizando-se
inicialmente na capital
paulista e, em seguida,
na cidade paranaense
de Londrina, levando
em conta que, no Norte
do Paraná, os
nossos cursos encontraram
maior acolhida. O Curso
de Humanidades tornou-se
a principal criação
do Instituto de Humanidades.
Muitas universidades
adotaram segmentos isolados,
já que se achava
subdividido em cinco
disciplinas (Cultura
Ocidental; Política,
Moral, Religião
e Filosofia). Contudo,
a principal forma de
sua difusão veio
a ser a modalidade à distância.
A feição
definitiva desta última
muito se deve a Maria
Clutilde de Jesus Pinto
Abreu que nos transmitiu
a experiência da
instituição
que melhor desenvolvera
tal modalidade: a UNED-
Universidade de Enseñanza
a la Distancia, espanhola.
O núcleo fundador
muito se enriqueceu igualmente
com a experiência
de magistério
de Arsênio Eduardo
Corrêa e Maria
Christina de Oliveira
Espínola. E assim
constituiu-se o Conselho
Acadêmico do Instituto
de Humanidades. O Instituto
de Humanidades incumbiu-se
ainda da elaboração
de alguns cursos autônomos.
Optou também por
dedicar especial atenção à educação
para a cidadania, outra
atribuição
do ensino, igualmente
abandonada em nosso meio,
cujo sistema tem se limitado
a promover a formação
profissional.